sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

 
Sem porvir
 
Um misto de paixão e poesia,
Apenas um jogo de pura ilusão.
Antes fosse anjo e tivesse asas,
Mas era simples fumaça ao léu.

Era um corpo nu e vazio,
Tinha um vagaroso olhar
E um vago sorriso silencioso...
Era puro devaneio inebriante.

Pele alva e alma obscura,
Que outrora era luz contagiante...
Um pedaço cortado, e outro dilacerado,
Era coração partido a todos os lados.

Era a bandeira negra da partida,
Um adeus nos lábios já cortantes.
Era o fio fino da navalha do destino
Cortando todos os laços da paixão...

Guilherme Zapata

domingo, 23 de janeiro de 2011


...

Não desejo palavaras que levem a filosofias profundas,
Pois nas pronfundezas só há escuridão,
E lá todas as coisas perecem.
A verdadeira filosofia é simples e superficial,
É clara feito a luz dourada
Que transparece no límpido lago dos pensamentos criativos.

Guilherme Zapata

Aquarius

Um corpo de luz,
Uma semente dourada,
A aurora dos tempos,
A água viva sagrada.

Um novo mundo quase amanhece

Uma nova canção com beijos de amor
Floresce então uma nova paixão

Guilherme zapata

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011


Anjo
Teus olhinhos seguem minha sombra
E seguem também meus largos passos,
São duas borboletas coloridas piscantes
Que alegram minhas manhãs frias.

São pedrinhas coloridas de azul do céu,
Sem nuvens carregadas, sem chuva a granel.
Apenas brilham como o sol no firmamento
Para ensolarar minh'alma descolorida.

És assim, sempre fiel,
Nesse mundo demasiado cruel!
Guilherme Zapata

domingo, 2 de janeiro de 2011


O poeta pinta

O poeta pinta o céu com caligrafia incompleta
Em nuvens cinzas de papel...
Quase tudo é envolvente,
Menos os teus braços em meus abraços.
É o colorido desbotado das flores
Que pisadas, jazem no úmido e frio chão.
É um anjo soprando frio
O arrepio que me cala todas as palavras.

Mais uma vez é o poeta que pinta sem tinta
todas as palavras nas almas entristecidas.
É a palavra quente que queima a boca,
É do desejo frio que adormece a face.
São duas mãos desencontradas
Depois do amor feito a noite...

E o poeta ainda pinta sem tinta e papel,
Apenas com pensamentos hipotéticos
versos que nunca serão versos,
Pois ele adormeceu enquanto se inspirava
Na escuridão das pálpebras sem cores...

Guilherme Zapata