domingo, 5 de dezembro de 2010


Há mil anos trago um choro em meu ser,
E um novo oceano surgirá
logo que tal choro findar.
Choverei por milênios à dentro,
praguejando em trovoadas
A dor de tortuosas estradas.
Ventarei cortando friamente,
maldizendo a todos os cantos
a aflição de todo meu pranto.
Ousarei relampejar loucamente,
Para quem sabe tudo queimar
e restar somente um mar.
O que trago há mil anos vou agora chorar!

Guilherme Zapata

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